quarta-feira, 27 de novembro de 2013

minha rica bimby

Se há coisa que gosto de fazer na vida é cozinhar. Começou por ser uma necessidade para aos poucos se tornar num prazer. Gosto do som da carne ou peixe frescos quando caem sobre a chapa quente da frigideira, do vapor que invade a cozinha quando escorremos a água de uma cozedura, de envolver calmamente as claras na massa de um bolo ou do cheiro do chocolate que derrete em banho-maria. E quem cozinha e gosta, sabe que ter os acessórios certos é meio caminho andado para que as coisas corram bem. Foi com esse intuito que há uns anos comprei a tão afamada bimby. Que para mim é tão só, e apenas, um excelente robot de cozinha. Daí não entender a verdadeira adoração que muita gente nutre pela máquina e o facto de já ter perdido a conta às vezes em que a mesma se tornou tema de conversa entre mulheres e até homens, menos dados a estas lides. "Eu já não vivo sem a minha bimby", "O meu Miguel só come as sopas da bimby", "Ah isso eu faço na bimby", "Gostaste? Fiz na bimby" e por aí fora... Um enfado que me faz revirar os olhos. Há uns tempos a bicha avariou-se e lá tive de a levar a ser reparada.  Hoje quando a fui buscar, enquanto aguardava a minha vez, assistia a um casal que foi levar a pequena à reparação. E digo "a pequena" porque mais parecia que levavam um bebé ao pediatra. Tal era o cuidado com que a tiraram de uma bolsa própria para a transportar, com que a pousaram no balcão, a forma velada com que se queixavam dos sintomas da bicha, enfim das duas uma, ou estão a precisar de ter um filho ou um cão. Chegada a minha vez lá  paguei a pequena fortuna que custou o arranjo e trouxe-a num saco de plástico onde a colocaram, caso contrário vinha à mão mesmo. É que para mim uma máquina ainda é uma máquina. Por mais genial que seja. Deve ser do facto de já ter 30 anos e ter crescido a ver a minha mãe a cozinhar coisas deliciosas em tachos e panelas que se areavam com palha de aço e secavam no escorredor de um dia para o outro, cobertas por uma toalha de loiça. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Fechada para Balanço

domingo é o único dia da semana em que me dedico verdadeiramente ao dolce fare niente. É um bom dia tanto para descansar, como para calmamente fazer um balanço da semana que passou e programar a que se segue. Sobretudo quando chega este frio invernal, que convida ao retiro caseiro. domingo é o dia em que ao contrário do que acontece com todos os outros, durante a semana, me ponho a mim em dia. E por isso é também um dia útil. O mais útil de todos. 

Pequeno almoço reforçado e demoradamente degustado

Pôr o sono em dia, até o meu cão o faz...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pequenos Prazeres da Vida #6

Não sei se já repararam, mas todos os pequenos prazeres da vida que aqui coloco são low-cost. O objectivo é fazer um exercício tão necessário nos dias de hoje. Aprendermos a retirar prazer e consequentemente alguma dose de felicidade e contentamento nas coisas mais simples da vida. Basicamente valorizar o que temos numa tentativa de não vivermos constantemente frustados pelo que não temos. E quase toda a gente tende a ter cada vez menos. Comigo pelo menos tem funcionado. E tem-me feito muito bem. 

Um dos pequenos prazeres da minha vida é chegada uma tarde de domingo fria, sentir pela casa o cheiro de um bolo quente, acabado de sair do forno, misturado com o cheiro de leite com café. É uma mistura de cheiros que me aconchega os sentidos e me faz pensar: "estou bem, estou segura, estou em casa". 


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Namorado fora...

sexta-feira santa na casa...Ele lá foi todo contente jantar e ir para "os copos" com os amigos, com a desculpa que hoje era dia de jogo da selecção e tal. Agora que soube que ganhámos só me deve chegar a casa lá pelo amanhecer. Mas tudo pela nossa selecção!
E eu, pobre de mim, fiquei em casa a degustar um maravilhoso risotto de salmão acompanhado de um delicioso tinto. Para sobremesa gelado de apple crumble. Se não cuidarmos bem de nós, se não nos mimarmos, quem o fará? Porque depois de uma semana de trabalho cansativa sinto que mereço. E nada é mais relaxante para mim do que chegar ao final da semana e cozinhar o que me dá prazer. Seguem-se um livro, revistas e séries em atraso. Ai como estou desolada do rapaz me ter "abandonado"...

Um excelente fim de semana


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sonhos Impossíveis

Esta noite, mais uma vez abateu-se sobre a minha cabeça uma insónia desesperante. A tradicional dança da mesma: vira para um lado, vira para o outro, eu a querer desligar o cérebro e ele a contrariar-me e a funcionar a mil. Nessas alturas tenho sempre ideias para posts que depois nunca se concretizam. Porque quando o corpo cede com dificuldade ao cansaço e finalmente durmo já as ideias se esfumaram durante o sono. 
Mas de vez em quando por muito poucas horas que durma, há dias em que acordo com um enorme sorriso. Hoje foi um desses dias.O meu cérebro dormiu pouco mas esse pouco foi o suficiente para me presentear com um daqueles sonhos vívidos e felizes. Sonhei que estava no concerto do Bruno Mars (não sei se já disse mas ADORO o Bruno Mars), na primeira fila com o meu pai. Os dois divertidos, a dançar e a trautear as músicas (sei todas de cor). Nem uma coisa nem outra serão possíveis. A primeira porque não tenho bilhete para o concerto de sábado, com muita mas mesmo muita pena minha, e a segunda por razões óbvias, o meu pai já morreu. O sonho permitiu-me viver um bocadinho desse momento, ainda que de modo irreal, mas mesmo assim já foi bom. 

Para a próxima pode ser um deste género já agora...

domingo, 10 de novembro de 2013

Viver (s)em stress

Esta última semana que passou foi simplesmente infernal. Quando me vi na cama na sexta-feira à noite, nem queria acreditar. Andei sempre a correr de um lado para o outro, a dormir pouco e mal, sem paciência para arrumar ou limpar a casa e muito menos cozinhar. No final da semana proliferavam na cozinha caixas de pizza, de hambúrgueres, papéis de chocolate, enfim um horror. O fim-de-semana foi aproveitado para repor todo o sono em falta, e feitas as contas pouco mais fiz senão dormir. E que bem que soube. Sinto-me retemperada para mais uma semana que se avizinha igualmente atribulada. 
Quem lê pode pensar que eu sou daquelas pessoas que tem sempre 1001 coisas para fazer durante o dia, que não sou. O que acontece é que vivo em stress porque sou uma péssima gestora do meu tempo. Sempre fui. A verdade é que não falho compromissos, não chego atrasada, o trabalho aparece feito a tempo e horas mas à conta de stress, muito stress. Por isso, depois desta semana que me deixou de rastos, decidi que tenho mesmo de começar a trabalhar na minha gestão de tempo. Acho que o que me foi acontecendo ao longo dos anos foi que as tarefas e responsabilidades foram crescendo e eu naturalmente fui-lhes fazendo frente, num método incerto, confuso mas que ia funcionando, até agora. Por isso decidi que a partir de agora vou trabalhar na minha gestão de tempo. Para já estive a pesquisar e vou começar pelo método GTD (Get Things Done) do qual já tinha ouvido falar aqui pela blogosfera.  
Acho que já é um bom princípio começar por planear no papel as tarefas, e sem entrar em obsessões, ter pelo menos uma linha guia para me orientar no meio do caos em que se transformou a minha vida. 

Boa semana



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pequenos Prazeres da Vida #5

Comer mousse de manga às colheradas de sopa. Já está tudo devidamente acomodado na barriga e nas ancas. 



Foto deste delicioso blog