quinta-feira, 29 de maio de 2014

As princesas ai as princesas...

Este fim de semana fui ver o novo filme da minha actriz preferida de sempre, Nicole Kidman. O título do filme, Grace do Mónaco, já diz basicamente tudo acerca do que trata. Descreve uma parte tumultuada da vida da princesa, a nível emocional, e uma fase política complicada para o principado do Mónaco. O filme vale pela interpretação da Nicole, pelo guarda-roupa, e por todos aqueles cenários de luxo e glamour inigualáveis que nos fazem sonhar e suspirar.
O filme gira muito em torno de uma crise existencial da princesa. Que sendo americana e tendo de viver num país europeu longínquo e completamente diferente do seu, se sente só, pouco compreendida e sem conseguir encontrar bem o seu papel e identidade na sua nova função. 
No dia a seguir a ter ido ver o filme, enquanto esfregava o chão da cozinha, pus-me a pensar que o problema das princesas devia ser basicamente tempo e recursos a mais. É que saber que nunca mais na vida teremos que cozinhar o que iremos comer, lavar e passar a roupa que iremos vestir, limpar a casa onde iremos morar ou mesmo fazer e desfazer o leito em que iremos dormir, deve causar um certo aborrecimento. E a juntar a isto tudo, pagar contas ou preocupações com coisas tão prosaicas como dinheiro , ou mais especificamente a falta dele, passam a ser memórias remotas. Mas desengane-se quem pensa que lá por poder ser levemente aborrecido não existem árduas tarefas a ser cumpridas. Têm de estar lindas, impecáveis, celestiais mesmo e isso parecendo que não dá trabalho. Não às princesas é claro, mas ao seu staff de cabeleireiros, maquilhadores, assistentes de compras, personal trainners e personal stylists para ir a Paris provar os Saint-Laurents feitos à medida e ir beber um chá à Maison Valentino. Depois existem sempre as princesas mais modernas, que assim como não quer a coisa lá vão usando um ou outro trapinho da Zara, para disfarçar e gerar a empatia do "seu povo". 
Em suma, eu não me importava nada de ser princesa. Não tinha de ser literalmente, que felizmente mesmo sem título, muitas mulheres tem a sorte de viver vidas de princesa, ou terem encontrado o seu príncipe e serem tratadas como tais. Por estes dias sinto-me a própria da gata borralheira, mas talvez isso seja bom já que sabemos como é que essa história aparentemente acabou. 


Princesa Grace Kelly e a Nicole linda a representar a princesa
Charlene do Mónaco, a nova princesa
Letizia de Espanha, princesa das Astúrias
Rania da Jordânia, esta já não é princesa, é rainha. 

Todas absolutamente deslumbrantes!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Vou direitinha para o inferno

Quem criou isto vai directamente para o inferno. Porque isto de tão bom, só pode ser pecado. E eu também lá irei parar por pecar tanto. Mas não me importo, porque desconfio seriamente que lá é que está toda a diversão;)
Agora ide ter com os anjos, correr 5Km, beber sumos detox, comer sementinhas e depois peçam para ser canonizados. 

Prisca Seduction Doce de Leite. Também existe creme de limão e compotas  de bradar aos céus ou como digo aos infernos. 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fugir

É só mesmo isso que me apetece: fugir. Como diz aquela música bem foleira: "fugir pra bem longe outro lugar…" Mudar de ares, esplanadar, piscinar, praiar. Afastar-me desta rotina que me prende. Casa  para limpar e arrumar, loiça para lavar, roupa por passar, comida por cozinhar, cão doente por cuidar e uma angústia sem fim preocupada com o bicho, o trabalho, os clientes, as reuniões, os compromissos, as contas, passar a vida a fazer contas, as idas ao supermercado, as idas ao médico…Resta-me fechar os olhos, respirar fundo e continuar, já que fugir é apenas um desejo e não uma opção. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pequenos prazeres da vida #7

Acabei de fazer um caril vegetariano e tenho ao forno um bolo de chocolate. Esta mistura de cheiros, as especiarias do caril e o conforto do chocolate espalham-se pela casa e dão-nos aquele conforto de que este lugar, mais do que ser aquele onde moramos, é aquele onde agora pertencemos. 





domingo, 4 de maio de 2014

Coisas de mulher de 30 #2: Ser mãe


Gosto muito do dia da mãe. É simples, amo muito a minha mãe. É a pessoa mais importante para mim no mundo, agora que o meu pai já cá não está. A minha mãe chorou no início deste ano a morte da sua própria mãe, a minha avó. Que não foi para ele uma boa mãe. E é isso que mais admiro na minha mãe, ela conseguiu dar-me e ainda continua a dar até hoje amor, apoio incondicional, afecto, mimo e contenção, ou seja, ela conseguiu dar-me a mim o que nunca recebeu da mãe dela. Não sei como o fez, não sei com quem aprendeu a ser tão boa mãe, mas talvez hajam coisas que não se aprendam e na sua génese a maternidade é provavelmente uma delas.Quando uma mulher chega aos trinta, seja por parte de quem a rodeia, seja de si para si, a questão da maternidade começa a estar em cima da mesa. O relógio está a contar e nestas coisas o tempo passa depressa e é ingrato para as mulheres. Sabemos que com o avançar dos trinta a fertilidade vai decrescendo, é mesmo assim e a energia de uma mulher de 35 ou 40 anos não é igual a uma de 25 ou 30 para cuidar de um bebé. E se começamos a produzir tarde, a tendência também é produzir pouco. Já esticámos o prazo para ter o primeiro, não nos podemos alongar se queremos ir a um segundo ou terceiro. E em cima de tudo isto sabemos que o corpo já não recupera da mesma forma do que quando somos mais jovens. Em suma, a mãe natureza diz-nos que devemos ter filhos cedo, o ideal ali entre os 25 e os 35, a sociedade actual diz-nos que devemos ter filhos cada vez mais tarde ou se calhar talvez nunca. Costumo dizer que o meu relógio biológico, a existir, está sem pilha, avariado. Mas talvez seja só uma defesa para não sofrer por saber que chegada aos trinta a última coisa que poderia ser era mãe. Não tenho uma relação amorosa que me dê estabilidade emocional e não tenho possibilidades financeiras para ter um filho.O melhor é mesmo não pensar muito porque isso aumenta a probabilidade de viver angustiada com esse desejo impossível. Talvez um dia o meu relógio desperte. Se a minha relação melhorar ou se encontrar alguém com quem esse projecto a dois faça sentido. Se a vida também melhorar financeiramente e eu tenha mais trabalho e consequentemente mais dinheiro e possibilidades de sustentar um filho. Porque sem amor e sem dinheiro eu não sou feliz. E neste momento da minha vida escasseiam ambos.E eu sei que só feliz serei boa mãe. E eu quero ser no mínimo tão boa mãe como a minha mãe é para mim. E isso não é fácil. 

Fica um vídeo que apesar de ser de um anúncio acho muito bonito sobre as mães. E feliz dia da mãe para quem o é.