quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pior seria partir uma perna

Quando alguma coisa de errado acontece na vida de alguém, para desdramatizar um pouco a situação, já ouvi quem diga: "pior é partir uma perna". Então e quando alguém realmente parte uma perna? Instala-se o caos é o que tenho a dizer. O meu namorado não partiu propriamente a perna, mas sim o tornozelo em dois sítios. De forma estúpida, a jogar à bola com os amigos. Que raio vai na cabeça destes homens feitos e fora de forma, para acharam que se podem pôr ali armados em Cristianos Ronaldos a correr que nem uns condenados? Certo é que tem a perna esquerda engessada, muitas dores e só se move de divisão para divisão em caso de necessidade extrema e com a ajuda de muletas. Segundo o prognóstico terá de deixar de trabalhar no mínimo durante um mês. E se a minha ansiedade, irritabilidade e impaciência já andavam nos píncaros antes disto, agora correm o risco de atingir níveis históricos. Basicamente ganhei um filho pequeno a quem tenho de providenciar todas as refeições, desde o pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar. Sinto-me uma empregada/cozinheira de restaurante, sempre a anotar pedidos, cozinhar, servir o cliente e no final trazer a bica. Só falta mesmo a conta. Essa factura é paga à custa do meu sistema nervoso. É que com a inércia a que a lesão obriga o homem tem comido como se não houvesse amanhã. Pensando bem não tem muito mais que fazer a não ser isso. Só peço a Deus que me dê paciência porque ainda só passou uma semana e eu já tive umas quantas vezes de virar costas, respirar fundo, contar até 50 e voltar para junto dele, para evitar explodir. Tenho lido por esta blogosfera fora que correr é que é bom para descarregar a ansiedade e limpar a cabeça. Talvez me dê para isso. Ou talvez não seja boa ideia, não vá eu também partir qualquer coisa e aí seria o fim do mundo. Não em cuecas, mas em muletas. 


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