segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Pelo andar da carruagem...

Esta coisa de não poder sair de casa leva a que todas as comemorações festivas sejam feitas por aqui. E isso enche-me o coração que adoro ter a casa cheia e receber. O outro lado da moeda é que para além do coração também a barriga vai crescendo (e pelas piores razões, nada de bebés) com a quantidade de comezainas e restos das mesmas que por aqui se vão acumulando e que eu vou fazendo o esforço de comer. Por este andar desconfio que só lá para meados de 2014 é que volto a ter um par de calças que me sirva. Pode ser que me dê finalmente o tão desejado incentivo que preciso para me livrar dos quilos a mais. O importante é nunca perder a esperança. 


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Em recuperação

Por aqui a vida tem sido do mais fácil que há. Dado que fiz uma cirurgia delicada no dia 20, já sabia de antemão que as festas seriam passadas no recato do meu lar. Posto isto todas as festividades familiares tem-se dado por aqui o que me deixa muito feliz, que gosto de ter a casa cheia. O pior é que com isso,  todos os restos de comida se vão acumulando e pedindo para serem comidos. Esta combinação de ter de estar forçosamente imobilizada aliada ao facto de me andar a alimentar de bacalhau com natas, peru recheado, arroz de pato, rabanadas, sonhos, tronco de natal, mousse de chocolate, arroz doce e bombons irá certamente resultar nuns bons quilos em cima do lombo, para começar bem o ano. Mas chego à conclusão que é o que se leva desta vida: muito amor e boa comida. A par disso o resto dos dias são passados entre mantas, séries, livros e sestas. Eu não queria nada disto juro, mas a médica falou muito a sério quando recomendou "repouso absoluto" e quem sou eu para a contradizer. Então, como paciente exemplar que sou, cá me encontro sem mexer uma palha. E assim continuarei até 2014. Só espero que por essa altura não tenham que me vir arrancar de casa com um guindaste ou coisa assim...

Boas Festas




sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Correrias

Já há dois anos que saí de Lisboa e reconheço que a minha qualidade de vida melhorou substancialmente. Os anos de vida que se perdem no trânsito, tentações a cada esquina que nos fazem gastar o que não devemos, o preço de bens e serviços inflacionados, de tudo isto não tenho saudades. Mas hoje passei o dia a viver como vivia naquilo que chamo "a minha outra vida". Perdida nos meus pensamentos a cada sinal de trânsito, sempre a correr de compromisso em compromisso, almoçar um bom sushi, devorar um pão de deus da Padaria Portuguesa ao lanche, queimar a língua com uma bica a ferver bebida à pressa no balcão. E chego ao fim do dia assim, cansada mas satisfeita. E ainda com um resto de energia para ter uma quiche no forno, fazer duas máquinas de roupa e uma de louça. Amanhã há mais. E eu gosto disso. 


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Desconectada

O meu velho portátil há muito que andava a ameaçar que já tinha dado o que tinha a dar, eu fui ignorando, até ao dia. Agora escrevo do meu novo brinquedo, uma extravagância de natal antecipada que ofereci a mim mesma, apesar de não conseguir deixar de sentir umas pontadas de culpa consumista, dado que o antigo ainda tinha arranjo. Quando fiquei sem computador e consequentemente sem acesso à internet fiquei completamente histérica. Primeiro porque o portátil é o meu principal instrumento de trabalho e temia perder a informação que ele continha e em segundo porque sou completamente viciada na net. Fiquei apenas um dia sem portátil e parecia sempre que me faltava alguma coisa. Fiquei agitada, ansiosa, qual adicto sem o seu vício. 
Lembrei-me então do último bom filme que vi no cinema, "Disconnect" ( em português "Desligados"). O filme cruza três histórias que abrangem temas como problemas conjugais, dificuldades de comunicação entre pais e filhos, cybersexo e cyberbullying. O que todas as histórias tem em comum é o facto dos protagonistas das mesmas viverem, cada um à sua maneira, desligados da realidade, das suas relações pessoais, numa solidão pessoal e íntima colmatada pelo uso da internet e das suas redes socias, através de portáteis, tablets ou smartphones que proliferam e fazem com que estejamos sempre conectados. Ou melhor, cada vez mais conectados com um mundo virtual e cada vez mais disconectados com o mundo real, na minha opinião. Não quero estar para aqui com discursos à velho do Restelo, lamentando a evolução dos tempos e saudosista do que já não volta, não faz o meu género. Sou mais do estilo de viver o melhor possível o presente sem remoer demasiado no passado ou antecipar muito o futuro. Prefiro assim, vivo mais calma. Mas não deixo de ter alguma dificuldade em ver e sentir que andamos cada vez mais auto-centrados e consequentemente cada vez mais distantes uns dos outros. Cá em casa, por exemplo,  são inúmeros os serões em que está cada um para o seu canto, agarrado ao portátil, ao tablet ou ao telemóvel. Calculo que seja mais forte que nós.  O tempo passa a voar e de repente sabemos mais novidades sobre a vida de uma blogger do que de uma amiga que já não vemos há algum tempo. Mas no fundo, acredito que a necessidade de estarmos fisicamente junto de quem gostamos acabará por vingar. Haja fé no ser humano. Quanto ao filme, aconselho vivamente, vale mesmo, mesmo a pena. 





quarta-feira, 27 de novembro de 2013

minha rica bimby

Se há coisa que gosto de fazer na vida é cozinhar. Começou por ser uma necessidade para aos poucos se tornar num prazer. Gosto do som da carne ou peixe frescos quando caem sobre a chapa quente da frigideira, do vapor que invade a cozinha quando escorremos a água de uma cozedura, de envolver calmamente as claras na massa de um bolo ou do cheiro do chocolate que derrete em banho-maria. E quem cozinha e gosta, sabe que ter os acessórios certos é meio caminho andado para que as coisas corram bem. Foi com esse intuito que há uns anos comprei a tão afamada bimby. Que para mim é tão só, e apenas, um excelente robot de cozinha. Daí não entender a verdadeira adoração que muita gente nutre pela máquina e o facto de já ter perdido a conta às vezes em que a mesma se tornou tema de conversa entre mulheres e até homens, menos dados a estas lides. "Eu já não vivo sem a minha bimby", "O meu Miguel só come as sopas da bimby", "Ah isso eu faço na bimby", "Gostaste? Fiz na bimby" e por aí fora... Um enfado que me faz revirar os olhos. Há uns tempos a bicha avariou-se e lá tive de a levar a ser reparada.  Hoje quando a fui buscar, enquanto aguardava a minha vez, assistia a um casal que foi levar a pequena à reparação. E digo "a pequena" porque mais parecia que levavam um bebé ao pediatra. Tal era o cuidado com que a tiraram de uma bolsa própria para a transportar, com que a pousaram no balcão, a forma velada com que se queixavam dos sintomas da bicha, enfim das duas uma, ou estão a precisar de ter um filho ou um cão. Chegada a minha vez lá  paguei a pequena fortuna que custou o arranjo e trouxe-a num saco de plástico onde a colocaram, caso contrário vinha à mão mesmo. É que para mim uma máquina ainda é uma máquina. Por mais genial que seja. Deve ser do facto de já ter 30 anos e ter crescido a ver a minha mãe a cozinhar coisas deliciosas em tachos e panelas que se areavam com palha de aço e secavam no escorredor de um dia para o outro, cobertas por uma toalha de loiça. 


domingo, 24 de novembro de 2013

Fechada para Balanço

domingo é o único dia da semana em que me dedico verdadeiramente ao dolce fare niente. É um bom dia tanto para descansar, como para calmamente fazer um balanço da semana que passou e programar a que se segue. Sobretudo quando chega este frio invernal, que convida ao retiro caseiro. domingo é o dia em que ao contrário do que acontece com todos os outros, durante a semana, me ponho a mim em dia. E por isso é também um dia útil. O mais útil de todos. 

Pequeno almoço reforçado e demoradamente degustado

Pôr o sono em dia, até o meu cão o faz...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pequenos Prazeres da Vida #6

Não sei se já repararam, mas todos os pequenos prazeres da vida que aqui coloco são low-cost. O objectivo é fazer um exercício tão necessário nos dias de hoje. Aprendermos a retirar prazer e consequentemente alguma dose de felicidade e contentamento nas coisas mais simples da vida. Basicamente valorizar o que temos numa tentativa de não vivermos constantemente frustados pelo que não temos. E quase toda a gente tende a ter cada vez menos. Comigo pelo menos tem funcionado. E tem-me feito muito bem. 

Um dos pequenos prazeres da minha vida é chegada uma tarde de domingo fria, sentir pela casa o cheiro de um bolo quente, acabado de sair do forno, misturado com o cheiro de leite com café. É uma mistura de cheiros que me aconchega os sentidos e me faz pensar: "estou bem, estou segura, estou em casa". 


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Namorado fora...

sexta-feira santa na casa...Ele lá foi todo contente jantar e ir para "os copos" com os amigos, com a desculpa que hoje era dia de jogo da selecção e tal. Agora que soube que ganhámos só me deve chegar a casa lá pelo amanhecer. Mas tudo pela nossa selecção!
E eu, pobre de mim, fiquei em casa a degustar um maravilhoso risotto de salmão acompanhado de um delicioso tinto. Para sobremesa gelado de apple crumble. Se não cuidarmos bem de nós, se não nos mimarmos, quem o fará? Porque depois de uma semana de trabalho cansativa sinto que mereço. E nada é mais relaxante para mim do que chegar ao final da semana e cozinhar o que me dá prazer. Seguem-se um livro, revistas e séries em atraso. Ai como estou desolada do rapaz me ter "abandonado"...

Um excelente fim de semana


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sonhos Impossíveis

Esta noite, mais uma vez abateu-se sobre a minha cabeça uma insónia desesperante. A tradicional dança da mesma: vira para um lado, vira para o outro, eu a querer desligar o cérebro e ele a contrariar-me e a funcionar a mil. Nessas alturas tenho sempre ideias para posts que depois nunca se concretizam. Porque quando o corpo cede com dificuldade ao cansaço e finalmente durmo já as ideias se esfumaram durante o sono. 
Mas de vez em quando por muito poucas horas que durma, há dias em que acordo com um enorme sorriso. Hoje foi um desses dias.O meu cérebro dormiu pouco mas esse pouco foi o suficiente para me presentear com um daqueles sonhos vívidos e felizes. Sonhei que estava no concerto do Bruno Mars (não sei se já disse mas ADORO o Bruno Mars), na primeira fila com o meu pai. Os dois divertidos, a dançar e a trautear as músicas (sei todas de cor). Nem uma coisa nem outra serão possíveis. A primeira porque não tenho bilhete para o concerto de sábado, com muita mas mesmo muita pena minha, e a segunda por razões óbvias, o meu pai já morreu. O sonho permitiu-me viver um bocadinho desse momento, ainda que de modo irreal, mas mesmo assim já foi bom. 

Para a próxima pode ser um deste género já agora...

domingo, 10 de novembro de 2013

Viver (s)em stress

Esta última semana que passou foi simplesmente infernal. Quando me vi na cama na sexta-feira à noite, nem queria acreditar. Andei sempre a correr de um lado para o outro, a dormir pouco e mal, sem paciência para arrumar ou limpar a casa e muito menos cozinhar. No final da semana proliferavam na cozinha caixas de pizza, de hambúrgueres, papéis de chocolate, enfim um horror. O fim-de-semana foi aproveitado para repor todo o sono em falta, e feitas as contas pouco mais fiz senão dormir. E que bem que soube. Sinto-me retemperada para mais uma semana que se avizinha igualmente atribulada. 
Quem lê pode pensar que eu sou daquelas pessoas que tem sempre 1001 coisas para fazer durante o dia, que não sou. O que acontece é que vivo em stress porque sou uma péssima gestora do meu tempo. Sempre fui. A verdade é que não falho compromissos, não chego atrasada, o trabalho aparece feito a tempo e horas mas à conta de stress, muito stress. Por isso, depois desta semana que me deixou de rastos, decidi que tenho mesmo de começar a trabalhar na minha gestão de tempo. Acho que o que me foi acontecendo ao longo dos anos foi que as tarefas e responsabilidades foram crescendo e eu naturalmente fui-lhes fazendo frente, num método incerto, confuso mas que ia funcionando, até agora. Por isso decidi que a partir de agora vou trabalhar na minha gestão de tempo. Para já estive a pesquisar e vou começar pelo método GTD (Get Things Done) do qual já tinha ouvido falar aqui pela blogosfera.  
Acho que já é um bom princípio começar por planear no papel as tarefas, e sem entrar em obsessões, ter pelo menos uma linha guia para me orientar no meio do caos em que se transformou a minha vida. 

Boa semana



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pequenos Prazeres da Vida #5

Comer mousse de manga às colheradas de sopa. Já está tudo devidamente acomodado na barriga e nas ancas. 



Foto deste delicioso blog

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"Dou-te uma semana"

Não queria lá muito que este blog se transformasse no muro das minhas lamentações. Mas escrever aqui tem um efeito catártico que me serena. É como se ao enviar o meu desabafo para o vácuo blogosférico algum peso saísse de mim. E é definitivemente mais barato que ir ao psicólogo, se bem que também gostava se pudesse. Tudo isto para dizer que não ando em mim e tenho razões literalmente palpáveis para isso. Desde a primeira ida à médica, passando pelos exames que ainda não terminaram e que não se mostram nada animadores as coisas não têm estado fáceis. Mas prometi a mim mesma, ou melhor, ordenei a mim mesma, que me dava uma e apenas uma semana para ficar triste e desanimada. E entretanto já passaram duas, que isto de sermos comandantes do que sentimos é meio caminho andado para ficarmos à deriva, qual barco sem rumo. Repito para mim própria que só vale a pena preocuparmo-nos com as coisas na altura em que realmente temos de lidar com elas. E acabo sempre por concluir que podemos programar quase tudo na vida menos as preocupações. Sendo assim alarguei o prazo e quando acabar esta segunda semana não me perdoarei se continuar a arranjar desculpas para me afundar em pão, bolachas, bolos e chocolates numa vã tentativa de encher o estômago para esvaziar a cabeça. Já falta pouco. Assim espero, ou melhor, assim ordeno.
O desleixo nestas coisas é o pior inimigo da prevenção e de um bom prognóstico. Por isso não sejam como eu e CUIDEM-SE. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Para começar bem a semana

Um vídeo que mistura a mulher mais bonita e elegante do mundo, pelo menos para mim, com uma  colecção de sapatos Jimmy Choo. Resultou numa combinação deslumbrante. 




domingo, 27 de outubro de 2013

Pequenos Prazeres da vida #4

Este é um cliché e é quase unânime que todos o reconhecem como um pequeno prazer da vida. Mas quase nada é mais reconfortante que acabar de tomar um banho e de seguida nos deitarmos numa cama acabada de fazer de lavado. Lençóis esticadinhos ainda com o cheiro do amaciador e o nosso corpo a deslizar ali para dentro como um envelope onde nos enfiamos e esperamos que ao adormecer nos leve a bons destinos em sonhos. 




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Como é linda a puta da vida*

Eu não sou grande fã do Miguel Esteves Cardoso, mas reconheço o seu talento para criar frases que tão bem resumem a minha vida. Esta hoje não me saiu da cabeça, quando logo de manhã cedo, aterrou na minha secretária uma volumosa carta da querida Segurança Social. Ora sendo eu uma trabalhadora dita "independente", ou seja, que trabalho a recibos verdes apesar de prestar serviços apenas a uma empresa, o meu coração começou de imediato a palpitar. De alegria e contentamento como se deve imaginar. Não que eu já não desconfiasse que mais dia menos dia o "monstro adormecido" iria acordar e vir ter comigo. Confesso que tenho andado a assobiar para o lado e falhado os pagamentos. Dão-se  meses em que não ganho sequer o montante que estes senhores estabeleceram como o pagamento mensal que lhes devo, em troca deixa cá ver de basicamente NADA, já que não tenho direito a subsídio de desemprego nem coisa que o valha. Nesses meses achei por bem gastar mensalmente esse dinheiro na ajuda do pagamento de pequenos luxos como comida, renda de casa, contas da água, luz, ou gás. Certo é que quando abri o envelope e vi o montante que tenho em divida fiquei inicialmente atónita e com o passar do tempo cada vez mais enraivecida. É claro que os senhores são muito queridos e anexam impressos para que paguemos a dívida em suaves prestações. Sim porque tudo o que eu preciso é de mais uma prestação mensal para no fim receber em troca: como é que é mesmo? NADA. É o chamado fundo perdido porque reforma também não a vou ter com toda a certeza. Mas enfim nada que não se resolva como tudo neste país, largando os cordões à bolsa. Posso começar por prescindir da comida já que tenho peso a mais e do gás já que dizem que a água geladinha logo pela manhã faz bem à circulação e ajuda a despertar. Ai e o que eu anseio fortemente que chegue amanhã, dia em que terei de acordar por volta das cinco da manhã para ver se consigo uma mísera senha e me expliquem como se eu fosse muito burra, como chegaram àquele montante de milhares de euros quando o meu rendimento é de chorar a rir. E como hoje já sabia que iria passar a noite em claro resolvi ir ao supermercado para estar agora aqui a cozinhar desenfreadamente. Bolo de chocolate a cozer no forno para levar uma fatia fresquinha aos simpáticos funcionários da SS e carne de vitela estufada com legumes para o almoço de amanhã. É que por este andar para a semana a ementa vai intercalar entre ovos mexidos com salsichas e arroz com atum. E realmente é isto, a vida pode ser linda mas para mim ultimamente só tem sido é muito PUTA. 

* título do último livro de compilação de crónicas do Miguel Esteves Cardoso, publicado este ano pela Porto Editora. 

P.S.: E já para não falar que por cada recibo que passo 25% é automaticamente retido na fonte, sendo cuidadosamente acomodado nos cofres do estado...

domingo, 20 de outubro de 2013

Até onde conseguimos aguentar?


Costumo ir semanalmente ao cinema, sou uma cinéfila inveterada. mas ultimamente têm sido desilusões atrás de desilusões. Valham-me os baldes de pipocas doces para que não fique tudo perdido. O último filme que me fez sair realmente satisfeita do cinema foi o "Blue Jasmine" do Woody Allen. Não me vou pôr aqui armada em crítica de cinema a analisar os diálogos, as interpretações, a fotografia, a banda sonora e eu sei lá mais o quê, que para mim os filmes inserem-se em duas simples categorias:" gostei" e "não gostei". Também ajuda muito o facto de eu adorar a Cate Blanchett e quase todos os filmes deste realizador. Mas desta vez a actriz superou-se, estava perfeita no papel de Jasmin. Uma mulher mentalmente instável, que depois de uma vida repleta dos maiores luxos em Nova Iorque, casada com um magnata das finanças, se vê sem nada após a prisão do mesmo por corrupção, tendo que pedir guarida na casa da irmã adoptiva em São Francisco de seu nome Ginger que tem um gosto duvidoso para roupa, penteados e homens. Da vida sumptuosa que Jasmim levava, restou-lhe o fino trato, a pose quase aristocrática, um tailleur branco Chanel, uma Birkin da Hermés que usa praticamente durante todo o filme e um cocktail de ansiolíticos e anti-depressivos que toma como se fossem smarties, para tentar alienar-se da queda livre em que a sua vida se transformou.


Gostei do filme por muitas coisas mas a principal foi porque me pôs a pensar. Há uma frase que a personagem diz a respeito do facto de ter sofrido um surto psicótico e ter sido apanhada a falar sozinha no meio da rua: "Anxiety, nightmares and a nervous breakdown, there’s only so many traumas a person can withstand until they take to the streets and start screaming”. O que em português seria qualquer coisa como: " Ansiedade, pesadelos e um esgotamento nervoso, a quantos traumas pode uma pessoa resisitir até ir para as ruas e começar a gritar?". E o que me inquietou foi não saber ao certo no meu caso, a resposta a esta pergunta. Sei que a capacidade de resiliência varia muito de pessoa para pessoa. A minha mãe,  por exemplo, é a pessoa mais resistente que conheço. Já passou na vida por coisas terrivelmente duras e sempre conseguiu superar-se e sair fortalecida. Eu acho que isso herdei um pouco dela. A minha vida já teve tantos altos e baixos (ultimamente mais baixos), daqueles mesmo complicados, que quando pensava que se um dia me acontecessem nunca iria resistir e quando esses dias chegaram superei, com sequelas mas aqui estou. Mas isso não significa que durante a travessia das tempestades, não tivesse achado que já não dava mais, o copo já tinha transbordado e só me apetecia desistir. E para mim desistir significaria entregar-me e dar-me como louca, esgotada, uma mulher descabelada as gritos por ajuda no meio da rua. Também duvido que alguém se compadessece mas isso já é outro assunto. Certo é que com 30 anos já tive e continuo a ter a minha quota parte de desaires, daqueles amargos e isso nunca me quebrou, ou mais importante, fez perder a esperança. Eu acredito sempre que se consegui superar antes um obstáculo à minha felicidade, também o conseguirei superar agora e que um dia tudo serenará e encontrarei o equilíbrio tão desejado. Por isso só posso concluir que consigo aguentar muito e que provavelmente só me verão a gritar em plenos pulmões no meio da rua, 
quando o meu Sporting for campeão. 


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Carochinha

No dia em que eu chegar a casa e estiver à minha espera um lindo homem, que me pergunte o que quero jantar, o cozinhe divinalmente, arrume a cozinha, passeie o meu cão, despeje o lixo e me adormeça no seu peito com festas no cabelo, convencendo-me que vai tudo correr bem, eu caso-me. É por isso que desconfio seriamente que vou morrer solteira. 



sábado, 12 de outubro de 2013

Comer para esquecer

Esta semana foi definitivamente para esquecer. Não que tenha acontecido nada de particularmente mau, eu é que não andei bem. Como não consigo encontrar assim uma causa óbvia, culpo as hormonas, das quais nós pobres mulheres somos escravas. Elas mandam e nós obedecemos. 
Cada um tem os seus mecanismos para lidar com estes fantasmas que por vezes nos assombram, e se uns bebem para esquecer, eu como. E como muito. Especialmente tudo o que contenha hidratos de carbono e quantidades obscenas de gordura saturada e açúcar. E como tudo na vida pago um preço por isso. Perco o dinheiro mal gasto e ganho quilos desnecessários. Hoje ao almoço, enquanto devorava um delicioso hambúrguer, folheava uma revista de moda repleta de mulheres lindas e esculturais e pensei que nem o gosto que tenho por trapos me faria abdicar desta mania de me confortar com comida. A coisa só não descamba assim para as centenas de quilos porque compenso com algum exercício e alguma contenção quando consigo. Já me explicaram que padeço de qualquer coisa como "alimentação emocional"mas nunca me apeteceu muito explorar esse tema. Provavelmente porque isso me obrigaria a aprofundar as causas desta "fome" e há coisas com as quais vivo melhor na ignorância. É que suspeito que sou mais feliz a comer do que infeliz na hora de me pesar. E depois posso sempre dizer que se estou gorda a culpa não é minha, é das hormonas. 

Ao almoço

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Trocar a rotina

Tal como referi no post anterior, esta semana está a custar-me. Por isso hoje, quinta- feira, decidi trocar as voltas à rotina e fazer um jantar especial, coisa que só costuma acontecer à sexta ou ao sábado. Sendo assim lá pus mãos à obra na cozinha e fiz uma boa sangria de vinho branco, bacalhau com broa e para finalizar e não variar bolo de caneca de chocolate, que já se tornou um vício cá por casa. Cozinhar tem-se revelado um verdadeiro escape. Ainda bem, podia dar-me para pior. E que amanhã seja uma sexta-feira em grande. 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Não me apetece

Tal como para a maioria, as segundas-feiras para mim são penosas. E estas últimas ainda mais dado que nestes dois últimos fins de semana não descansei nada. No penúltimo por estar a trabalhar e neste último por duas jantaradas e um passeio seguido de cozido à portuguesa num domingo, que apesar de quase perfeito não deixou de ser cansativo. E o que eu gosto de descansar. Sou feliz quando não tenho que fazer nada de nada. Isto porque sou uma pessoa preguiçosa por natureza, mas mesmo muito. Ou talvez seja o facto deste ano não ter tido férias, também pode ser disso. A realidade é que hoje quando me vi forçada a acordar, senti que só um guindaste para me conseguir arrancar à cama tal era o sono e o cansaço. E começo a semana assim sem vontade. Não me apetece enfrentar o trânsito, os telefonemas chatos, as reuniões ainda mais chatas, a fila no supermercado, os jantares, a loiça, os passeios do cão, o ginásio e tudo o mais. O que me conforta é que dê por onde der o próximo fim de semana vou deliciar-me a não fazer nada. Ainda bem que gosto e que sou boa nisso, porque nos tempos que correm a minha conta bancária também não me permite fazer muita coisa. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Eu já gostei de chuva...

- Quando não morava num apartamento e não tinha de ir passear um golden retriever peludo de 40 kg;
- Quando tinha máquina de secar roupa;
- Quando a minha mãe tinha carro e não tinha de andar a pé ou de transportes públicos;
- Quando o cabelo frizado me passava ao lado; 
- Quando tinha 17 anos e refugiar-me da chuva com o meu namoradinho de adolescência era romântico  e o momento perfeito para beijos apaixonados;

ou seja, não gosto de chuva há muito muito tempo...







domingo, 29 de setembro de 2013

Pequenos Prazeres da vida #3

E ao Domingo vou tentar que seja dia de pequenos prazeres da vida no blog. Para me motivar para a semana que começa. E esta vai começar cedo, sem ainda ter propriamente acabado. Digo isto porque passei o fim de semana a trabalhar num relatório que tenho de entregar amanhã bem cedinho. E que pequeno grande prazer da vida é a sensação de dever cumprido. 




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dona de casa

Hoje era suposto ser o meu dia de folga. Já tinha tudo minuciosamente planeado para não desperdiçar um minuto que fosse. Ia passar o dia inteirinho refastelada no meu querido sofá, a devorar episódios de Dexter e bolachas com nutella. Mas a realidade é que mal acordei e olhei em volta não mais parei. Entre cão para passear e alimentar, aspirar, limpar o pó, lavar o chão, tratar da loiça e da roupa passou-se o dia. Ainda bem que amanhã volto ao trabalho, sempre descanso mais. 


domingo, 22 de setembro de 2013

Pequenos Prazeres da Vida #2

Terminar o fim-de-semana com um delicioso bolo de caneca carregado de chocolate e incontáveis calorias. Para mim o chocolate torna tudo melhor na vida. E que seja uma semana doce.

Antes de ir ao forno

Gosto de o devorar morno. O interior é cremoso como mousse de chocolate.

Receita da Mafaldinha.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tombos

Há palavras que nunca pronuncio como azar ou enguiço. Só de as escrever já tremo ligeiramente, fruto do meu lado supersticioso que herdei do meu pai. Tem tudo a ver com a velha história, não dizer para não atrair. E este pensamento apesar de estapafúrdio acaba por me fazer sentir mais protegida. Mas o certo é que esta fórmula mágica anda a falhar. Eu não digo as palavras, juro que não, mas aqui e ali o que elas designam vai acontecendo. Na sexta feira passada senti-me verdadeiramente de coração partido. Aos poucos tenho vindo a juntar as peças porque felizmente as exigências do dia a dia não se compadecem dos meus dramas existenciais e isso ajuda. Agir para não pensar (muito). Em complemento, ontem estatelei-me no chão enquanto passeava o cão. Uma queda de tal aparato que me deitou literalmente por terra deixando pernas e braços doridos pelas feridas abertas e hematomas feios. E eu só quero que os dias passem e todas as mazelas visíveis e invisíveis passem com estes. E que passem depressa que eu tenho pressa em ser feliz. 



sábado, 14 de setembro de 2013

Cálculos impossíveis

De quantas bolachas maria barradas com quantidades obscenas de nutella embebidas em leite morno,
de quantas noites em branco, onde na nossa mente povoam pensamentos negros e a antecipação de cenários negativos,
de quantas olheiras profundas, medalhas do cansaço, 
de quantos olhos inchados de tanto chorar, medalhas do sofrimento, 
de quantos ataques de choro convulsivo, 
de quantas caixas de Kleenex,  
de quantos desabafos com amigos, 
de quantas sessões de psicoterapia, 
de quantas caixas de Xanax, 
de quantos segundos, 
de quantos minutos, 
de quantas horas, 
de quantos dias,  
de quantas semanas, 
de quantos meses,  
de quantos anos, 
precisa alguém para consertar um coração? Que não foi partido, porque é mais fácil colar os cacos do que foi partido do que daquilo que se estilhaça em milhões de pedacinhos, como é o meu caso. É que eu nunca fui boa a matemática, achava que nunca me iria fazer muita falta. Agora percebo que não.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pequenos Prazeres da vida #1

Acabar a semana com a Vogue acabadinha de sair e um (ou vários) copos de Lambrusco Rosé. Vou é desfrutar deste pequeno prazer para o quarto já que na sala tal tarefa revela-se impossível com os ânimos exaltados graças ao jogo da selecção...


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Portugueses em saldo

Este sábado experimentei participar num dos chamados "Open Days" que algumas companhias aéreas vêm fazer ao nosso país, por forma a recrutar pessoal de cabine (assistentes e comissários de bordo). Já há bastante tempo que andava com esse desejo e desta vez lá tentei a minha sorte. Agora o que eu jamais imaginava é a forma como as coisas se processam nos mesmos. No site dizem para quem estiver interessado estar no hotel x às 9 em ponto da manhã, vestido de forma formal e acompanhado do CV e de uma foto. Na minha inocência cheguei pontualmente e qual não é o meu espanto quando me dizem para me dirigir para o fim de uma fila de cerca de 400 pessoas que dava a volta ao quarteirão da rua do hotel. Ainda meio incrédula vi rapidamente atrás de mim chegarem num espaço de minutos mais umas centenas. No fim do dia disseram-nos que ao todo tinham sido 600 as pessoas que ali se deslocaram com o mesmo propósito. A fila andou e entrou no hotel a primeira leva do dia. Eu fiquei na segunda, cerca de 200 pessoas que esperaram cerca de 6 horas (sim chegámos às 9h e entrámos no auditório às 15h) na garagem do hotel, ambiente quente a tresandar a dióxido de carbono. Tanto tempo de espera serve para travar conhecimento com os companheiros de fila e rapidamente as conversas fluem, as pessoas tornam-se solidárias e revezam-se para ir almoçar. Saem sapatos de salto alto, saem gravatas, os cabelos desgrenha-se, a maquilhagem desaparece e o chão torna-se um lugar de descanso onde camisas brancas e saias tubo impecavelmente engomadas na noite anterior ganham vincos e nódoas. Percebi que a maioria eram pessoas dos 25 aos 35 anos, licenciadas, que ou estavam desempregadas ou como é o meu caso trabalhavam numa área que as frustava e onde eram mal remuneradas. Basicamente todos almejavam mudar de vida e invariavelmente sair do país, já que neste caso a companhia é sediada no Dubai. E ali estivemos, horas a fio sem reclamar, a suar em bica, o cansaço a acumular-se e o nervosismo a aumentar. Mas ninguém reclamava. Chegados ao auditório aguardavam-nos duas mulheres cuja nacionalidade não consegui decifrar mas com um inglês com sotaque carregado, que nos explicaram em cinco minutos os requerimentos para o lugar e que aquele dia apenas servia para entregarmos o nosso CV com uma foto e que dedicariam a cada pessoa cerca de 30 segundos, não mais. Chegada a minha vez entreguei o cv e respondi à única pergunta que me foi feita: se trabalhava no mesmo sítio há 5 anos porque queria agora mudar. Só tive tempo de balbuciar qualquer coisa como estar motivada a mudar de vida e a aprender coisas novas. Nem vinte segundos até ela me dizer "thank you for coming" e eu estar a caminho da porta sem perceber muito bem como tinha corrido ou o que raio se tinha passado ali. O que me surpreendeu e continua ainda a fazer-me "ruminar" foi o facto de comunicarem que as pessoas que passassem à segunda fase do processo, que decorreria no domingo, seriam contactadas por telefone até às 20h.  Mas que raio de técnica usam aquelas duas para em cerca de duas horas analisarem 600 Cvs e telefonarem para não sei quantas centenas a pedir que regressem? Será que é como naqueles concursos em que uma assistente mergulhava numa "piscina" de cupões e retirava à sorte o vencedor? Não entendo e acho que vou continuar sem resposta uma vez que não fui uma das felizes contempladas com o telefonema da sorte. Sinceramente não me importei muito, tirando o facto do desconforto que toda aquela espera causou. Não sinto que tenha falhado porque fiquei com a sensação de nem sequer ter tido uma oportunidade. O que conclui é que se todas aquelas pessoas estavam dispostas a deixar o seu país, as suas casa e aqueles que amam, com direito a apenas uma viagem por ano ao país de origem e com um vencimento mensal de 1870 euros,  definitivamente nós portugueses aos olhos dos empregadores estrangeiros estamos definitivamente em saldo.  


sábado, 10 de agosto de 2013

meu querido mês de Agosto.

Como diz a música, "há quem passe o ano inteiro a sonhar" com este mês. Eu a teme-lo. Desde sempre que o mês de Agosto é para mim assim uma espécie de travessia do deserto no calendário anual. Por outro lado, anseio o mês de Dezembro, o meu favorito. Para isso deve contribuir o facto de não gostar do verão, do calor nem de praia. Já piscina, adoro, mas isso agora é horizonte longínquo. Fica para quando a vida melhorar e eu puder viver num condomínio de luxo com uma ou enfiar-me uma semana num hotel 5 estrelas quando os termómetros disparam. Todos os anos trabalho em Agosto, sinto-me sempre em contra-ciclo mas gosto. Gosto menos quando durante este mês me perguntam todos os dias "quando tiro férias?" e só ouvimos ou lemos coisas como "vou de férias", " boas férias", "finalmente férias". Não sei quando é que foi decretado, mas em Agosto o país pára, não há notícias, a televisão passa programas ainda piores e o pensamento colectivo torna-se ainda mais pastoso. Valham-me os gelados, as sangrias, os mojitos, coca-colas carregadinhas de gelo e limão e as esplanadas ao fim do dia. 


Assim Agosto talvez já não me soubesse tão mal...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amanhã começo a dieta

Cheia de bacalhau à brás, Lambrusco e gelado até à alma. Genuinamente feliz pela sensação. Deve ser mesmo verdade aquilo que dizem, que a felicidade se encontra nas coisas simples da vida. Pena é que eu seja tão feliz, simplesmente feliz a comer. mas não tão feliz a engordar. Amanhã começo a dieta ou não, que neste momento não estou em condições de desperdiçar nem uma partícula de felicidade. 


sábado, 20 de julho de 2013

Gata borralheira

Hoje, para variar, tenho a casa impecavelmente arrumada e limpa. Tudo nos devidos sítios. Roupa passada, loiça lavada, chão aspirado e pó bem limpo. É certo que daqui a menos de três dias já estará tudo do avesso mas esta organização externa acalma-me um pouco. Quem dera que fosse assim tão fácil num dia arrumar as gavetas que tenho desorganizadas na minha cabeça e no meu coração. 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mantém a calma e segue em frente

Eu, mulher de 30 anos, voltei hoje atrás no tempo transformando-me numa criança chorona e birrenta em frente à mãe. Só mesmo ao pé da minha mãe é que me permito ter estas descargas emocionais que roçam a irracionalidade tal como só ela tem aquela capacidade de se abeirar me mim dar-me as mãos, olhar-me nos olhos e conter toda a fúria que sai sem freio. Conter-me no meu desespero e serenar-me. Depois desta tempestade, que resultou num dia em que se acumularam contrariedades, já me sinto efectivamente mais serena. Respira-se fundo, esboçam-se estratégias, trabalhamos a desdramatização e acreditamos que amanhã será um novo dia. O de hoje acaba com oreos e leite morno. 




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Levantamentos #1


Num destes dias, durante o passeio nocturno que costumo dar nestas noites de verão com o cão como companhia e onde aproveito para organizar as ideias, dei por mim a listar mentalmente coisas que chegada aos 30 detesto fazer e acredito agora com maior segurança que sempre detestarei. Apesar de algumas fazer vezes sem conta, porque tem que ser e o que tem que ser tem mesmo muita força.

Ei-las:
- Acordar cedo (logo detesto despertadores);
- Deitar-me cedo;
- Ir ao ginásio/ fazer exercício físico (acordar mais cedo para ir ao ginásio, isso então nem pensar);
- Dieta;
- Pesar-me;
- Ir à praia;
- Falar ao telemóvel;
- Tirar fotografias;
- Ver telejornais;
- Fazer malas (e como isto anda estou tão enferrujada que a coisa fica ainda mais árdua);
- Fazer serão a trabalhar em casa;
- Estudar (sempre fui boa aluna e não me quero ficar pela licenciatura mas nunca gostei de estudar para testes, frequências ou exames, nem fazê-los);
- Depilação (aqui ajuda um bocadinho adorar a minha querida esteticista Margarida);
- Ir ao cabeleireiro (agora então que já tenho brancos e pinto o suplício é ainda maior);
- Manicure e pedicure (detesto especialmente pintar as unhas);
- Fazer a chamada lida da casa (limpar, tratar da roupa, da loiça);
- Passar roupa a ferro (eu sei que esta está incluída no item anterior mas detesto tanto mas tanto que merece um lugar de destaque);
- Cozinhar;
- Ir ao supermercado;
- Ir ao banco, aos correios, às finanças ou à (in)segurança social (todas num dia é o um dia para esquecer);

Admiro quem gosta de fazer algumas destas coisas, eu também gostava de gostar, a sério que sim.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Primeiro dia do resto da minha vida


Hoje faço 30 anos. Sei que na prática este facto pouco ou nada irá mudar na minha vida mas na teoria,  pelo menos na minha teoria, quero que mude tudo ou quase tudo. Quero assinalar os 30 como um marco de mudanças no meu percurso. Sei que serão difíceis, lentas, graduais mas espero que por isso mesmo sólidas. Um renovar de esperanças num futuro que se apresenta tão turvo, tão incerto. E é este processo que irei registando aqui, assim como venho há a anos lendo os registos alheios que tanto gosto. Ainda não sei bem por onde começar mas algo de muito forte me impele. Provavelmente é mesmo uma necessidade, eu quero acreditar que é apenas fé.