sábado, 14 de setembro de 2013

Cálculos impossíveis

De quantas bolachas maria barradas com quantidades obscenas de nutella embebidas em leite morno,
de quantas noites em branco, onde na nossa mente povoam pensamentos negros e a antecipação de cenários negativos,
de quantas olheiras profundas, medalhas do cansaço, 
de quantos olhos inchados de tanto chorar, medalhas do sofrimento, 
de quantos ataques de choro convulsivo, 
de quantas caixas de Kleenex,  
de quantos desabafos com amigos, 
de quantas sessões de psicoterapia, 
de quantas caixas de Xanax, 
de quantos segundos, 
de quantos minutos, 
de quantas horas, 
de quantos dias,  
de quantas semanas, 
de quantos meses,  
de quantos anos, 
precisa alguém para consertar um coração? Que não foi partido, porque é mais fácil colar os cacos do que foi partido do que daquilo que se estilhaça em milhões de pedacinhos, como é o meu caso. É que eu nunca fui boa a matemática, achava que nunca me iria fazer muita falta. Agora percebo que não.

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