quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tombos

Há palavras que nunca pronuncio como azar ou enguiço. Só de as escrever já tremo ligeiramente, fruto do meu lado supersticioso que herdei do meu pai. Tem tudo a ver com a velha história, não dizer para não atrair. E este pensamento apesar de estapafúrdio acaba por me fazer sentir mais protegida. Mas o certo é que esta fórmula mágica anda a falhar. Eu não digo as palavras, juro que não, mas aqui e ali o que elas designam vai acontecendo. Na sexta feira passada senti-me verdadeiramente de coração partido. Aos poucos tenho vindo a juntar as peças porque felizmente as exigências do dia a dia não se compadecem dos meus dramas existenciais e isso ajuda. Agir para não pensar (muito). Em complemento, ontem estatelei-me no chão enquanto passeava o cão. Uma queda de tal aparato que me deitou literalmente por terra deixando pernas e braços doridos pelas feridas abertas e hematomas feios. E eu só quero que os dias passem e todas as mazelas visíveis e invisíveis passem com estes. E que passem depressa que eu tenho pressa em ser feliz. 



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