quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"Dou-te uma semana"

Não queria lá muito que este blog se transformasse no muro das minhas lamentações. Mas escrever aqui tem um efeito catártico que me serena. É como se ao enviar o meu desabafo para o vácuo blogosférico algum peso saísse de mim. E é definitivemente mais barato que ir ao psicólogo, se bem que também gostava se pudesse. Tudo isto para dizer que não ando em mim e tenho razões literalmente palpáveis para isso. Desde a primeira ida à médica, passando pelos exames que ainda não terminaram e que não se mostram nada animadores as coisas não têm estado fáceis. Mas prometi a mim mesma, ou melhor, ordenei a mim mesma, que me dava uma e apenas uma semana para ficar triste e desanimada. E entretanto já passaram duas, que isto de sermos comandantes do que sentimos é meio caminho andado para ficarmos à deriva, qual barco sem rumo. Repito para mim própria que só vale a pena preocuparmo-nos com as coisas na altura em que realmente temos de lidar com elas. E acabo sempre por concluir que podemos programar quase tudo na vida menos as preocupações. Sendo assim alarguei o prazo e quando acabar esta segunda semana não me perdoarei se continuar a arranjar desculpas para me afundar em pão, bolachas, bolos e chocolates numa vã tentativa de encher o estômago para esvaziar a cabeça. Já falta pouco. Assim espero, ou melhor, assim ordeno.
O desleixo nestas coisas é o pior inimigo da prevenção e de um bom prognóstico. Por isso não sejam como eu e CUIDEM-SE. 

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